segunda-feira, 31 de março de 2008

sábado, 29 de março de 2008

Veganismo - Uma pergunta muito frequente: e as plantas?

“E as plantas?” é uma das perguntas mais frequentes que se fazem a um vegano.
É evidente que quem costuma fazer esta pergunta sabe muito bem que existe uma diferença entre, digamos, uma galinha e um pé de alface. Ou seja, se no próximo jantar cortar um pé de alface em frente aos seus convidados, eles reagirão de um modo totalmente diferente se, em vez disso, fatiar uma galinha viva na frente deles. Se, ao caminhar no seu jardim, eu pisar de propósito uma flor, terá toda razão em zangar-se comigo, mas se eu der um pontapé no seu cão de propósito, ficará zangado comigo de uma maneira muito diferente. Ninguém considera estas duas acções equivalentes. Sabemos muito bem que existe uma grande diferença entre uma planta e um cão, o que faz com que dar um pontapé neste último seja moralmente muito mais repreensível do que pisar uma flor.

A diferença entre um animal e uma planta diz respeito à senciência. Ou seja, os animais não humanos, ou pelo menos aqueles que exploramos rotineiramente, sem dúvida são conscientes de sua percepção sensorial. Criaturas sencientes possuem mentes, logo têm preferências, desejos ou vontades. Isso não significa que as mentes dos animais não humanos sejam parecidas com as nossas. Por exemplo, a mente dos humanos, que fazem uso da linguagem simbólica para interagir com o seu mundo, pode ser bem diferente da mente dos morcegos, que utilizam a ecolocalização para interagir com o seu mundo. É difícil saber com precisão. Mas também é irrelevante, pois tanto os humanos quanto os morcegos são sencientes. Ambos são criaturas que possuem interesses, no sentido em que ambos têm preferências, desejos ou vontades. Um humano e um morcego podem pensar de um modo diferente sobre esses interesses, mas não pode haver a menor dúvida de que ambos possuem interesses, inclusive o interesse de evitar a dor e o sofrimento e o interesse de permanecerem vivos.

Já as plantas são qualitativamente diferentes dos humanos e dos outros animais sencientes. Sem dúvida que as plantas são seres vivos, mas não são sencientes, pois não possuem interesses. Uma planta não pode ter desejos, vontades ou preferências porque ela não possui uma mente para que possa ocupar-se com estas actividades cognitivas. Quando dizemos que uma planta “precisa” ou “necessita” de um pouco de água, não nos estamos a referir ao seu estado mental do mesmo modo que não nos estamos a referir à mente de um carro quando dizemos que o seu motor “precisa” ou “necessita” de um pouco de óleo. Trocar o óleo do meu carro pode ser do meu interesse, mas nunca do interesse do carro, pois este não tem interesses.

Uma planta pode reagir à luz do sol e a outros estímulos, mas isso não significa que ela seja senciente. Se eu descarregar uma corrente elétrica num fio amarrado a um sino, o sino tocará. Mas isso não significa que o sino seja senciente. As plantas não possuem sistemas nervosos, receptores de benzodiazepina ou quaisquer características que estejam relacionadas com a senciência. E tudo isso faz sentido do ponto de vista científico. Porque razão teriam elas a necessidade evolucionária de desenvolver a senciência se elas não podem fazer nada para reagir a um acto danoso? Se atear fogo a uma planta, ela não pode fugir, ela permanece no mesmo lugar até queimar. Agora se atear fogo a um cão, ele irá reagir exactamente da mesma forma como uma pessoa reagiria: ele ladrará de dor e tentará livrar-se das chamas. A senciência é uma característica que evoluiu nalguns seres vivos para que eles pudessem ser capazes de sobreviver ao fugir de um estímulo nocivo. A senciência não teria nenhuma utilidade para uma planta, pois elas não podem “fugir”.


http://www.guiavegano.com.br/

quinta-feira, 27 de março de 2008

Arte?

O "Artista" que matou um cão à fome vai repetir o acto!
Como muitos devem saber e até ter protestado, em 2007, Guillermo Vargas Habacuc, um suposto artista, colheu um cão abandonado de rua, atou-o a uma corda curtissima na parede de uma galeria de arte e ali o deixou, a morrer lentamente de fome e sede.

Durante vários dias, tanto o autor de semelhante crueldade, como os visitantes da galeria de arte presenciaram impassiveis à agonia do pobre animal.

Até que finalmente morreu de inanação, seguramente depois de ter passado por um doloroso, absurdo e incompreensível calvário.

[http://img505.imageshack.us/img505/1990/dscn8139vk6.jpg]
[http://img339.imageshack.us/img339/5848/dscn8146pu4.jpg]
[http://img259.imageshack.us/img259/5720/dscn8153yv8.jpg]
[http://img218.imageshack.us/img218/7240/navitividad1cq9.jpg]
[http://img218.imageshack.us/img218/7937/navitividad4so6.jpg]
[http://img218.imageshack.us/img218/5895/perritoho5.jpg]

parece-te forte?

Pois isso não é tudo: a prestigiosa Bienal Centroamericana de Arte decidiu, incompreensivelmente, que a selvageria que acabava de ser cometida por tal sujeito era arte, e deste modo tão incompreensível Guillermo Vargas Habacuc foi convidado a repetir a sua cruel acção na dita Bienal em 2008.

Facto que podemos tentar impedir, colaborando com a assinatura nesta petição :

http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html

(não tem que se pagar, nem registar) para enviar a petição, de modo que este homem não seja felicitado nem chamado de 'artista' por tão cruel acto, por semelhante insensibilidade e disfrute com a dor alheia.

LUTEM CONTRA ESTA TIPO DE ARTE!!!!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Adopta, não compres

Os animais de raça são lindos e adoramos mostrá-los aos nossos amigos. Merecem-nos elogios, que ouvimos como se nos estivessem a elogiar a nós, e dão-nos um certo prestígio.
A sua vida é fácil e doce... mas a sua origem pode não ter sido assim tão doce.

A criação de animais de raça raramente é um processo natural. As mães são forçadas a ter ninhadas com intervalos mais curtos do que seria natural para sustentar as despesas dos criadores que insistem em viver às custas deste negócio, e quando já não estão na idade de procriar ou já não produzem crias ‘com qualidade’, podem ser simplesmente eutanasiadas ou vendidas por um preço baixo.

Esta é uma das muitas faces dos negócios de animais de companhia.
Outra, é que ao estarmos a dar dinheiro por um animal de raça, estamos a sustentar este negócio, a ajudar a que ele continue e floresça, e a fazer com que o número de cães e gatos aumente, quando ele já é tão grande e os canis municipais estão a abarrotar de animais sem dono.

Por muito menos dinheiro do que aquele que se dá por um animal com pedigree, ou até de graça, pode arranjar-se um animal de companhia num abrigo para animais abandonados ou num canil municipal.
Os canis municipais, principalmente, são locais onde existem animais cujo tempo se esvai rapidamente – se não forem adoptados ao fim de um certo tempo de espera, em alguns casos muito curto, serão mortos para dar lugar a outro breve prisioneiro da mesma jaula.

A visita a um canil municipal é algo desesperante – os animais parece que pressentem que estamos ali para escolher algum felizardo e acreditam mesmo, por instantes, que serão os escolhidos; abanam as caudas ou miam de contentes por verem um ser humano, que eles estão habituados a considerar uma fonte de segurança e carinho. É doloroso deixá-los para trás e não poder levá-los a todos.

As organizações de ajuda a animais abandonados são outro local onde é possível encontrar um animal de companhia. Nestes locais os animais não costumam ser maltratados ou desdenhados como o poderão ser pelos funcionários dos canis municipais, já que aqui só trabalha quem gosta mesmo de animais, muitas vezes em regime de voluntariado. Mas também estas organizações estão sobrelotadas com animais sem dono, principalmente por causa do desleixo dos antigos donos que não deram valor ao animal e o abandonaram. Além disso, aqui os animais podem sofrer imensas necessidades básicas, como vacinas, medicamentos, abrigo e muitas vezes comida.

Concluindo: lembra-te destes pequenos conselhos quando pensares em adquirir um novo animal de companhia. A vida de cada animal é única, na medida em que é a única oportunidade que ele terá; e acabada essa oportunidade não haverá mais nada para ele.

Adopta, não compres. Vais ver que atrás de um pêlo menos comprido, de umas orelhas menos direitas e de um focinho menos elegante, a alma é igual.


Podem-se encontrar animais para adoptar e a morada de associações e canis em todo o país nos seguintes links:
http://www.centrovegetariano.org/index.php?article_id=309
http://www.centrovegetariano.org/index.php?article_id=304


http://www.centrovegetariano.org/

segunda-feira, 24 de março de 2008

Cães potencialmente perigosos - Nova Lei?

Não existem cães potencialmente perigosos, existem cães com muito potencial e donos perigosos.

O governo prepara nova legislação, cuja publicação próxima anuncia, que obrigará a esterilizar os cães de algumas raças, proibindo a comercialização dos respectivos exemplares. Fá-lo sob o pretexto de considerar “potencialmente perigosas” as raças visadas.

O número de acidentes com cães de raças não visadas por esta intenção legislativa é escandalosamente superior ao número de acidentes com os cães das raças visadas, como poderá atestar qualquer serviço de urgências de qualquer hospital em território português.

A intenção legislativa anunciada segue impulsos paranóides, paralelos aos que já se manifestaram numa – absolutamente idiótica – lei das armas, em cujos os termos são “armas proibidas” as facas de mato dos escuteiros, as facas de mergulho (peça essencial à segurança desta actividade desportiva) incluindo, também, os arcos e flechas que constituem brinquedos infantis. Supomos até, face a tão aberrante texto, que as próprias navalhas de barbearia, serão, sem dificuldade, enquadráveis nessas proibições legais.

A intenção legislativa, agora anunciada, não servirá para mais do que propiciar intrusões policiais repulsivas na vida privada e familiar de qualquer pessoa em cuja casa existam cães, tanto mais que a preparação média do agente vulgar das forças de segurança não lhe permite minimamente que seja enquadrar em qualquer raça, qualquer espécimen e, esta usual falta de preparação (que aliás se estende por quase todos os domínios), que resulta de carências da própria lei e falta de meios humanos e técnicos, promete agravar as incomodidades e os problemas da população.

A anunciada intenção legislativa, por consequência, prenuncia perigos infinitamente superiores e mais graves do que aqueles que visa, segundo diz, evitar.

Por outro lado, antes de definir uma estratégia clara de combate à corrupção, resulta simplesmente disparatado aumentar proibições ou dificuldades para o homem comum, sabendo-se que, com estas, qualquer funcionário corrupto pode negociar em razão dos poderes funcionais, até agora insusceptíveis de controlo eficaz.

Uma tal intenção legislativa, a concretizar-se, pode gerar abandonos de cães cujo assilvesteramento os transformará em perigos de consequências imprevisíveis, sendo igualmente certo que uma tal lei, nas condições sociais concretas, servirá seguramente para incomodar cidadãos cumpridores da lei, sendo absolutamente ineficaz face ao aumento – que se mostra apta a provocar – do comércio ilegal de cães das raças que visa (ilegitimamente) erradicar.

As raças referidas na nova lei são as seguintes:

cão de fila brasileiro



dogo argentino



pitbull



rotweiller



Staffordshire bull terrier



Staffordshire terrier americano



tosa inu



Se nao concordas com esta lei, assina a petição aqui


http://peloscaes.org/

sábado, 22 de março de 2008

Vegetarianismo no JN

Na edição de dia 9 Fevereiro, sábado, do Jornal de Notícias, no suplemento Viva+ (no interior do jornal), saíram 3 páginas dedicadas ao vegetarianismo.
Desvendam-se alguns mitos, apresentam-se locais onde comer e comprar produtos vegetarianos e referem-se os principais sítios portugueses dedicados ao assunto.
A nutricionista Florbela Mendes desmistifica algumas ideias sobre a alimentação vegetariana. E, em entrevista, o Centro Vegetariano explica o que mudou no vegetarianismo desde 2001 e o crescimento do sítio www.centrovegetariano.org
Artigo (página 1)
Artigo (página 2, parte I)
Artigo (página 2, parte II)
Artigo (página 3, parte I)
Artigo (página 3, parte II)


http://www.jn.pt
www.centrovegetariano.org


quinta-feira, 20 de março de 2008

quarta-feira, 19 de março de 2008

Campanha da Animal "Cidade Anti-Touradas"

Sobre a Campanha “Cidade Anti-Touradas”


“Cidade Anti-Touradas” é uma campanha desenvolvida pela ANIMAL com a League Against Cruel Sports e com o Comité Anti-Touradas da Holanda e Bélgica para criar a primeira cidade anti-touradas em Portugal. Enquanto existem 41 cidades espanholas e duas cidades francesas que foram oficialmente declaradas Cidades Anti-Touradas pelos respectivos municípios (países que têm também touradas), em Portugal não existe, ainda, uma única Cidade Anti-Touradas.

Com esta campanha, a ANIMAL, a League Against Cruel Sports e o Comité Anti-Touradas da Holanda e Bélgica pretendem usar o factor económico, particularmente o do turismo, para exercer pressão junto de um conjunto de municípios estrategicamente seleccionados onde o turismo – especialmente o turismo de cidadãos britânicos, alemães, austríacos e holandeses – tem um importante peso económico e onde estes turistas – que, em geral, se opõem às touradas – podem ter um papel decisivo para levar a que estes municípios se declarem anti-touradas, sob pena de, não o fazendo, serem boicotados e, assim, perderem mais economicamente do que perderiam se proibissem localmente as touradas. Neste mesmo sentido, com esta campanha apelar-se-á às populações locais para se envolverem também na construção destas mudanças, não só porque essa é a atitude eticamente correcta que uma população deve assumir em relação à tortura de animais, mas também porque esse será o passo mais indicado para que a população local destes concelhos proteja a imagem e a economia destas localidades.

A Campanha “Cidade Anti-Touradas” é desenvolvida em colaboração com a Campanha internacional “Bullfighting Free” da League Against Cruel Sports para levar os turistas britânicos a, enquanto consumidores de turismo, acabarem com as touradas no mundo através da pressão económica. Saiba mais sobre esta campanha em www.BullfightingFree.org.

No site criado propositadamente para desenvolver esta campanha(http://www.cidadeantitouradas.org/), é possível enviar mensagens aos presidentes dos municípios de Portimão, Lagos, Lagoa, Sintra, Albufeira, Loulé, Tavira, Faro e Olhão. Para além de enviar mensagens, é possível pedir panfletos à organização para a sensibilização das pessoas (se quiseres podes também imprimir e distribuir. Está disponível em documento PDF no site).



http://www.cidadeantitouradas.org/

segunda-feira, 17 de março de 2008

Transporte de animais

Todos os anos milhões de ovelhas, porcos e bovinos, são transportados através da Europa. Frequentemente em viagens extremamente longas e em condições desumanas.
Estas viagens, além da tortura que representam para os animais, propagam doenças.

Um exemplo é a febre aftosa, que assim foi transmitida do Reino Unido para a França e a Holanda. Os cordeiros são enviados por transporte terrestre para os mercados. Estes mercados são locais ruidosos, mal cheirosos e cheios de pessoas desconhecidas. Os animais são obrigados a ficar de pé horas seguidas, em cercados tão pequenos que não podem sequer deitar-se. Não dispõem de água, e nos dias de verão podem ficar desidratados. São levados em camião para o porto de Dover. Daí atravessam o Canal da Mancha por barco. No continente são levados à Bélgica ou Holanda e, 24 horas mais tarde, muitos dos animais são re-exportados para o sul da Europa.
Nestes percursos são amontoados em camiões com ventilação insuficiente, e de modo geral não recebem comida nem água, mesmo em viagens de 40 ou mais horas.

A Comissão Europeia já em 1993 reconheceu que as leis que garantem o minímo bem-estar para os animais nestes transportes estavam a ser ignoradas.
Nos processos de carga e descarga são pontapeados, castigados e arrastados pelas patas. É frequente o uso de um aguilhão eléctrico.
Com as más condições o calor converte-se num inimigo mortal, cuja gravidade é proporcional à duração da viagem.
Uma viagem desde o norte do Reino Unido até Grécia, passando pela Bélgica ou Holanda, e o porto de Bari (no sul de Itália) dura no minímo 60 horas. A duração pode, contudo, ultrapassar as 100 horas.
Em certas ocasiões os camiões têm de esperar nos portos, desde várias horas até 2 dias, por um barco. Neste interregno os animais não são descarregados nem assistidos.

A Europa inteira é entrecruzada por estas viagens. Cerca de um milhão de leitões para engorda são exportados da Holanda para Espanha e Itália. A Holanda exporta, igualmente para abate, cerca de um milhão de porcos por ano. Bovinos e bezerros são transportados desde a Irlanda a Espanha e Itália.
A Espanha exporta ovelhas que serão abatidas na Grécia. Mais de 100.000 cavalos são levados cada ano desde a Europa de Leste à UE em viagens que podem durar até 90 horas. Na Hungria (apenas a meio do caminho para Itália) encontram-se já numa condição deplorável: exaustos, feridos, desidratados, mortos ou moribundos. Os que tombam sem forças são brutalmente espancados para que se levantem. . Os mais fracos ou feridos são tratados com crueldade para se moverem. Os que têm fracturas são levantados e pendurados pelas patas com cordas. Assim são deixados num camião que os levará ao matadouro. No matadouro, por fim, são frequentes práticas de abate ilegais. O animal abatido nem é aturdido (tornado inconsciente) antes que lhe seja cortada a garganta. A maior parte das vezes demoram vários minutos a morrer.

Inúmeros bovinos são exportados da EU (Alemanha, Irlanda e França) para o Médio Oriente e o Norte de África (especialmente o Líbano).
Este comércio recebe importantes subsídios denominados "restituições à exportação". Estas ajudas não têm o objectivo de melhorar as condições dos animais, mas sim incentivar a exporação. Os contribuintes estão a subsidiar o negócio sob o único objectivo de enviar fora das fronteiras o excedente de carne produzida.

Em relação às condições dos matadouros não é necessário sair do nosso continente para encontrar exemplos típicos dos métodos utilizados. Associações pela defesa dos animais já denunciaram práticas desumanas na Grécia, Itália, Espanha, França e Bélgica.
Os animais são arrastrados pelas patas detrás com a cabeça pelo chão. Os processos de abate às vezes são tão ineficientes que eles correm o risco de recuperar a consciência enquanto estão em fase terminal.

http://www.centrovegetariano.org/

sábado, 15 de março de 2008

O que é o anti-especismo?

O anti-especismo interessa-se pela noção da igualdade animal, ou seja, o levar-se em consideração os interesses de todos os indivíduos sensíveis.

Por esta razão, nós somos contra o facto de os humanos utilizarem os animais para seu próprio consumo ou seu próprio prazer e interesses.

É um verdadeiro sistema de exploração que denunciamos. Um sistema completamente banalizado e aceite como normal. Um sistema que encontramos em todas as nossas práticas quotidianas (alimentação, lazer...)

Gostaríamos de levar as pessoas a reflectirem sobre essas práticas.

Procuramos, também, desenvolver alternativas a este sistema.

Trata-se de uma verdadeira revolução!

Mais ainda...
O conceito de igualdade animal está igualmente ligado a outros domínios além daquele relacionado com a relação de dominaçao entre humanos e não humanos.

Assim, lutar por um mundo de igualdade significa atacar também os outros sistemas de opressão aos quais nos confrontamos de forma directa ou indirecta: sexismo, lesbofobia, homofobia, racismo, etc... Estes outros sistemas estão enraizados profundamente na nossa sociedade, pois esta é construída sobre estas relações de força e de exploração.

http://anima.animal.site.voila.fr

sexta-feira, 14 de março de 2008

FOIE GRAS - A CRUEL REALIDADE

Imagine que acabou de comer uma enorme refeição. Sente-se cheio, a transbordar. Logo a seguir é obrigado a repetir outra igual, não aguenta mais. Mas a seguir vem outra igual e depois outra... Sente-se inchado, a rebentar. A agonia é tremenda, não consegue mexer-se e muito dificilmente consegue respirar.
Este é o terrível tratamento por que passam os patos e os gansos para a produção do patê de foie gras.

O foie gras é o fígado inchado destes animais, obtido através do método da alimentação forçada. Esta provoca uma distorção no corpo dos animais e um fígado sete vezes maior que o tamanho normal. Quanto maior o fígado, mais foie gras e obviamente mais lucro.
Desaseis dias antes da matança, e a partir daí diariamente, um funil de mais de 40 cm de comprimento é empurrado pelo pescoço abaixo destas aves. É então forçada pela garganta abaixo do animal, à máquina ou à mão, uma quantidade de cereais misturado com gordura que seria equivalente a 12,6 kg de esparguete para um ser humano. A partir do 12º dia este processo é repetido de 3 em 3 horas, ou seja 8 vezes por dia. Por esta altura o corpo do animal já está completamente deformado, não se consegue mexer e respira com muita dificuldade. Ao 17º dia está morto.
Foie gras significa gordura de fígado. Quem o come consome uma grande quantidade de gordura que vai directamente para o seu próprio fígado, provocando colesterol e contribuindo para muitos problemas de saúde. Uma grande parte da população do mundo sofre de má nutrição. Mesmo assim são gastas enormes quantidades de cereal precioso, para a produção deste produto caro, que é vendido em restaurantes e lojas de luxo, e que só alguns podem comprar. O sofrimento infligido aos animais, para o fabrico de foie gras, é altamente condenável. Nem sequer é um alimento de primeira necessidade, trata-se apenas de um aperitivo.
Você pode mudar a situação. Deixe de consumir foie gras, substitua-o por patês vegetais. Existem no mercado em vários sabores e de excelente qualidade.

http://www.lpda.pt

quarta-feira, 12 de março de 2008

Porco sacrificado nas Filipinas

segunda-feira, 10 de março de 2008

"Eu adoro animais!"

É muito raro encontrar alguém que diga abertamente que não gosta de animais. Muita gente tem em suas casas cães, gatos, pequenas aves, peixes, répteis e até aracnídeos. Algumas são até bastante zelosas tratando os seus animais de companhia com todos os cuidados e afecto, outras dedicam até parte das suas vidas a recolher, tratar e reabilitar cães e gatos que vagueiam pelas ruas.
O que estas pessoas não compreendem, apesar de ser inegável a sua vontade de ajudar, é que, no fundo, o seu ímpeto solidário apenas substitui os membros da mesma espécie por animais domésticos e não por animais no geral.

Não seria assim se as pessoas que dizem gostar de animais fossem todas vegetarianas éticas e levassem um estilo de vida consciente, a par do sofrimento de outros animais que não cães e gatos. Porcos, vacas, cavalos, perus, galinhas, bacalhaus e outras espécies que consomem despreocupadamente são também animais, não mais, mas também não menos dignos de solidariedade e de respeito do que o gato e cão fofinhos e brincalhões.

Para que a expressão “Eu gosto tanto de animais!” não soe a incoerência e ignorância, aqui ficam uns concelhos práticos que todas as pessoas que realmente gostam de animais e os respeitam seguem no seu dia-a-dia:

-Não comer carne. Quando digo carne, quero dizer que se excluem da alimentação a carne de peixe, de aves, de camarão, etc. Não existe tal diferenciação como carne e peixe, ambos são carne, todos os animais contemplados na alimentação omnívora morrem injustamente.

-Não comer derivados da produção animal. Ainda que seja difícil excluir completamente o leite e derivados e ovos, é necessário que essa mudança seja feita pois o leite de outros animais não nos foi destinado, tal como os ovos. No entanto não se exige uma mudança súbita. Deixar de comer carne é o primeiro passo.

-Evitar produtos testados em animais ou que incluam produtos deles extraídos. A única forma de não compactuar com a crueldade das grandes empresas que fabricam cosméticos, produtos de cuidados pessoais e até medicamentos à custa da tortura de coelhos, cães, gatos, ratos e outros animais, é boicotar os seus produtos.

-Não usar vestuário e calçado com pele ou pêlo. A pele que é frequentemente rotulada como factor de qualidade no calçado, alimenta em grande parte a indústria da carne. Usar pêlo, é concordar com as atrocidades e com o sofrimento dos animais cujo pêlo é arrancado dos seus corpos depois de electrocutados ou asfixiados.

-Boicotar circos com animais, zoos, touradas e as empresas que os patrocinam. O mundo dos espectáculos é particularmente cruel para com os animais. Se na indústria da carne os animais sofrem para que os humanos os comam, nesta indústria, os animais sofrem para diversão das plateias ignorantes. Boicotá-la é não só proteger os animais como proteger a educação das pessoas.

-Participar activamente. Ajudar organizações como a ANIMAL, RSPCA, PETA, entre outras, que se debatem pelos direitos dos animais ajudando-as a exercer pressão sobre as autoridades através do envio de cartas e e-mails de protesto e participar em manifestações públicas.

-Proteger o ambiente. A indústria da carne e seus derivados é a principal responsável pela desflorestação. Para que se alimentem os animais destinados ao abate, derrubam-se milhares de hectares de floresta. É também responsável pela contaminação das águas devido ás quantidades enormes de matéria fecal e lixos orgânicos despejados nos rios. A indústria da carne é uma grande desperdiçadora de energia e de recursos, produzindo soja para alimentar animais que irão por sua vez alimentar humanos nos países ricos. Se essa soja fosse utilizada para consumo humano erradicaria a fome em Africa.

-Diga o que sabe e o que pensa. Uma parte importante da defesa dos direitos dos animais é aprender sobre o assunto e divulgar àqueles que ainda não estão a par do problema.
A Internet é um bom meio de divulgação de todas as causas. Se sabe como, crie uma página ou um “blog” sobre o tema, participe em fóruns. Escreva artigos para jornais, escreva livros. O importante é não ficar calado.

http://glanimal.blogspot.com/

domingo, 9 de março de 2008

KFC- fast food cruel

sábado, 8 de março de 2008

Ciência Retrógrada

A ciência fez a opinião pública aceitar sem grandes reservas a experimentação em animais com o pretexto de que é realmente necessária e indispensável para a evolução da medicina, da genética e mesmo da biologia.

Por incrível que possa parecer ao cidadão comum, a tortura a que são sujeitos, todos os anos, milhões de animais para estes fins, é perfeitamente evitável como comprovam centenas de investigadores que estão na vanguarda da ciência e que fazem questão de procurar desmentir as práticas incorrectas, imorais e cruéis que as indústrias da farmacêutica, cosmética e medicina se esforçam por ignorar.

Muitos cientistas conceituados desmentem veemente a eficácia da experimentação animal em qualquer das sua modalidades pois como deveria ser óbvio para qualquer indivíduo ligado à ciência, que a anatomia e funcionamento do corpo humano e dos restantes animais, sofrem de diferenças abismais.

Como tentativa de tirar partido deste facto, as tabaqueiras efectuam centenas de testes em cães, galinhas e coelhos forçando-os a inalar enormes quantidades de fumo em forma concentrada apenas para concluírem sempre, que o tabaco não provoca cancro. Esta conclusão é correcta pois o tabaco e os químicos contidos nos cigarros não provocam a ocorrência de cancro nestes animais mas causa sim, nos humanos. Este exemplo é um dos mais flagrantes das falhas da experimentação animal mas existem muitos mais.

A estricnina, um poderoso e mortal veneno para o ser humano é inofensivo para galinhas, macacos e porquinhos-da-índia. Uma dose de Belladona, uma planta venenosa, que seria mortal para humanos, é perfeitamente inofensiva para coelhos e cabras. Enquanto ovelhas conseguem consumir quantidades elevadas de arsénio, um humano morreria ao ingerir pequenas quantidades.
Mesmo tendo perfeita consciência da ineficácia dos testes de compostos químicos em animais, as farmacêuticas insistem em lançar os seus produtos no mercado muitas vezes com consequências desastrosas causando a morte a milhares de pessoas e destruindo a sua qualidade de vida já para não falar dos milhares de animais sujeitos às maiores atrocidades nos seus laboratórios, tudo isto em vão.

A procura pela cura para certas doenças humanas, nomeadamente o cancro e a SIDA, leva a que cientistas mal-formados nas suas disciplinas e em ética, façam vivissecção em milhares de animais cujas condições clínicas foram infligidas previamente recorrendo a métodos bárbaros, para que justifiquem os milhões de dólares que os governos dispensam anualmente à pesquisa médica.

Cientistas conscientes da ineficácia dos métodos enraizados na comunidade médica sabem que nenhuma doença pode ser estudada em animais cuja anatomia e metabolismo diferem totalmente das do Ser Humano e muito menos infligida artificialmente sem qualquer consideração por factores genéticos, stress, alimentação e ambiente que provocam as respectivas condições clínicas em humanos. A recriação de doenças em animais dentro de laboratórios não só é moralmente inaceitável, como é também ineficaz.

Afirmar que a experimentação em animais é necessária ao progresso, é uma falsidade. Os indivíduos que promovem este tipo de metodologias usam-nas porque delas retiram benefícios monetários ou porque são simplesmente pessoas com uma fraca formação académica e completamente desprovidos de qualquer moral ou ética.
Afirmamos isto não como uma forma de insultar mas sim de demonstrar que a filosofia da ciência é todos os dias desrespeitada em detrimento de uma procura desregrada por resultados: se quisermos construir uma parede eficazmente, seguindo passos lógicos que nos levem ao sucesso imediato, ponderamos todas as facetas da construção. Na ciência médica, porém, tentam-se construir paredes por tentativa e erro simplesmente porque os animais não têm qualquer importância na busca inconsciente da qual são vítimas.

Em muitas faculdades, animais são também usados desta forma com o intuito de promover a formação do futuro investigador científico. Enraizar estas práticas no ensino assegura a perpetuação de uma ciência pobre e imoral. Na era da informática e da realidade virtual, continua-se a dar primazia aos custos e vivissecam-se animais para que os alunos pratiquem as suas habilidades com o bisturi. Enquanto milhares de cientistas já vivissecaram e documentaram extensivamente todos os aspectos da orgânica dos animais humanos e não-humanos, indivíduos de fraca inteligência teimam em reinventar a roda à custa dos que não têm direitos nem vontades e que são torturados impunemente. Os alunos de hoje, serão os cientistas de amanhã e a prática perdurará até que a Lei contemple os que a merecem.

A competitividade entre as empresas de químicos, fármacos e materiais biomédicos, agrava a situação relegando para as jaulas animais que não merecem sobre qualquer circunstância ser torturados e assassinados em detrimento de um suposto bem-estar humano que nunca é alcançado simplesmente porque a experimentação animal é um entrave à evolução do homem em termos de biologia, medicina e ética e nunca um meio de catapultar a humanidade para uma era de conhecimento profundo sobre a vida.

A experimentação animal é feita com o único proveito de fechar os olhos à opinião pública que, ignorando os factos, vai acreditando e aceitando a imposição de fármacos e cosméticos com base nos testes em animais. Por detrás desta despreocupação generalizada, estão milhares de milhões de dólares que chegam aos bolsos dos empresários e cientistas sem escrúpulos que para eles trabalham e também milhares de milhões de animais que sucumbem ao egoísmo, à ganância e à hipocrisia humana.

Para terminar, é preciso deixar bem claro que, ainda que os benefícios destas práticas alguma vez fossem reais, tais métodos continuariam a ser completamente imorais. Entendemos que se o ser humano pretende colmatar as suas fragilidades genéticas e imunológicas, que o faça à sua própria custa. A Lei e a ética falsa da Humanidade permite que outras espécies sejam utilizadas para todos os fins mas não permite estranhamente que humanos sejam usados ainda que indiscutivelmente, a sua utilização fosse eficaz na erradicação das suas doenças.

http://glanimal.blogspot.com/

sexta-feira, 7 de março de 2008

Touradas em França

quinta-feira, 6 de março de 2008

Recolha de Assinaturas "Os animais não são palhaços!"

http://www.accaoanimal.com/site/content/view/537/1/

A Acção Animal iniciou este ano, em parceria com a Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais, uma campanha contra a utilização e exploração de Animais em circos.
Tivémos a nossa publicidade da campanha exibida em vários outdoors, cartazes de rua e imprensa variada. Podem vê-la e descarregá-la
aqui.

Numa segunda fase da campanha, a Acção Animal e LPDA criaram uma petição, já subscrita por várias organizações nacionais de protecção animal e ambiental, com o objectivo de pedir a criação de legislação que proíba a utilização e exploração de animais em circos e noutras actividades circenses em Portugal.

Chega agora a altura de pedir a todos que auxiliem na recolha de assinaturas para esta petição que é o passo mais importante desta campanha.

Existem duas formas de o fazer.

A primeira é participando nas recolhas de assinaturas semanais organizadas pela Acção Animal. Pedimos aos interessados que enviem um e-mail para activismo@accaoanimal.com Este endereço de e-mail está protegido contra spam bots, é necessário activar o Javascript par o poder ver. com o seu nome e contacto telefónico.


A segunda é descarregando a petição aqui imprimindo-a e recolhendo as assinaturas dos seus amigos, familiares e colegas de trabalho. Em seguida deve enviá-la por correio para o endereço que consta na folha da petição.

É muito importante a colaboração de todos para que este trabalho tenha os resultados pretendidos. Assim sendo apelamos à participação de todos.

terça-feira, 4 de março de 2008

Igualdade Animal

O ser humano surgiu no único planeta com vida do nosso sistema solar. Aparentemente apresenta-se com alguma superioridade a nível intelectual relativamente a outros seres... Mas as questões que se colocam quando nos referimos ao seu comportamento são:
-sendo o homem o animal mais inteligente (???), capaz de fazer com que os restantes animais façam o que ele quer, mesmo que não seja bom para eles, terá ele o direito de prejudicar e usar sem remorsos os restantes seres vivos?
-pode o homem destruir o mundo em que vivemos devido à sua ganância, mesmo esquecendo que ao afectar o ecossistema se condena a si próprio?
-será o valor económico mais importante que a Natureza, que o bem estar e que a nossa própria saúde e sobrevivência?
Um dos grandes exemplos de ignorância e desrespeito pelos restantes animais encontra-se quando pensamos no que consiste a vivissecção (dissecção ou operação cirúrgica em animais vivos e sem anestesia).
René Descartes, acreditava que os animais se assemelhavam às máquinas. As reacções observadas durante as experiências eram vistas como reflexos automáticos e os seres eram considerados incapazes de experimentar dores ou medos. Mesmo quando esventrava um cão considerava que os sons emitidos não eram diferentes aos das máquinas. Actualmente, passados quase 3 séculos, só pessoas com ideias retrógradas podem continuar a apresentar propostas semelhantes. Ainda por outro lado, também Aristóteles acreditava que os seres menos racionais existiam para servir os mais racionais. Mesmo se vamos estabelecer esta separação não podemos esquecer que uma criança com alguns dias de vida, ou alguém que infelizmente com danos cerebrais graves, é também menos capaz de raciocínios complexos, mas nós não os usamos como meios para determinados fins, na medida em que não o consideramos "moralmente aceitável". Da mesma maneira que os negros não existem para se subjugar aos brancos, nem as mulheres aos homens, também os animais não deveriam ser obrigados a obedecer a jogos desleais... Então porque exercemos sobre os animais atrocidades indescritíveis sem o mínimo pestanejar? Eu posso ser superior a uma pessoa que está em coma mas isso não implica que possa fazer patê com ela, não é verdade?
Anti-vivissecção não é anti-ciência nem anti-progresso. Todos sabemos que as espécies diferem entre si, física e funcionalmente e as substâncias que beneficiam o homem podem afectar negativamente os animais e vice-versa, por isso as experiências em animais proporcionam resultados não fiáveis para o ser humano. Para quê sacrificar animais se os resultados podem até ser mortais para nós?
Existem alternativas cientificamente válidas que não requerem sofrimento:
-cultivo de células, tecidos e órgãos
-técnicas analíticas
-modelos matemáticos e informáticos
-investigações clínicas
-estudos com voluntários-uso de microorganismos (bactérias, fungos, entre outros, que não possuem a capacidade de sofrer e no entanto são organismos vivos)
-ferramentas audiovisuais (modelo, filmes, slides, entre outros, muito úteis, principalmente nas escolas, substituindo animais e poupando vidas).
Se a Biologia é a ciência da vida não deveria implicar sofrimento mas dar prioridade à criação e não à destruição. Na escola um aluno não precisa de umas máquinas do tempo para ter positiva a História, nem de viajar para o estrangeiro para estudar Geografia, nem de um foguetão para perceber de astronomia. Então para quê matar animais em aulas como T.L. Biologia?
Algumas pessoas dizem que a questão é sermos racionais e eles não, que nós temos o "Sentido de Justiça" (AH! AH!!), que somos conscientes e utilizamos uma linguagem desenvolvida; mas se vamos separar tão definidamente o ser humano dos restantes animais, e analisando cuidadosamente, o ser humano também tem defeitos. De acordo com as nossas imensas qualidades (ou melhor, características) e com a nossa "superioridade", não deveriam existir quaisquer dificuldades para o homem. Mas existem...
São nítidas as diferenças, mas os direitos de qualquer espécie são iguais na sua essência e devem ser respeitados. Mas esse respeito parece só surgir no pensamento budista ou hindu e não nas tradições ocidentais. Aqui comemos os animais que para eles são sagrados.
Por mais desculpas que sejam dadas para a tortura animal nada pode esconder a verdade: os animais possuem sistema nervoso desenvolvido, sentem e sofrem a dor tal como nós e é um crime aprisioná-los e torturá-los em nome da beleza, vaidade e ganância. Se os animais não se pintam, não usam cremes e não querem esconder as "inestéticas rugas" porque é que têm de sofrer por nós que o fazemos?
Os restantes animais não merecem ser executados por um sabor passageiro ou para experiências.


Afinal o mundo não é só do homem nem este lhe pertence.




gene, nº1

domingo, 2 de março de 2008

Porcos II

Porcos infelizes: Como a indústria agro-pecuária intensiva os trata



Os porcos que vivem nas unidades pecuárias não conseguem desenvolver os seus comportamentos naturais – vivendo em espaços de cimento, sem qualquer elemento mínimo de enriquecimento, nunca lhes é dada a oportunidade de fazer o que de mais basicamente necessitariam: explorar o ambiente e o solo, correr, apanhar banhos de sol ou de lama, ou, sequer, respirar ar fresco.



Nas unidades pecuárias, sobretudo nas intensivas, os leitões são habitualmente separados das suas mães depois de 2 a 4 semanas de vida, e são alojados com outros leitões que não conhecem. Se separados muito cedo, eles chamam pelas mães com sons frequentes e distintos e, em alguns casos, parecem mesmo desistir de viver. As pequenas caudas dos leitões são amputadas para tentar prevenir a auto-mutilação nas caudas ou para tentar impedir que outros leitões e adultos mordam as caudas uns dos outros – um comportamento de frustração que os porcos expostos ao stress mostram e que resultam das miseráveis condições em que são mantidos. Os leitões machos são também castrados e as extremidades dos dentes tanto dos bebés machos como das fêmeas são limadas. Não lhes são dados quaisquer analgésicos para os aliviar do sofrimento em nenhuma destas amputações extremamente dolorosas.



As porcas passam a maior parte das suas vidas em celas de gestação – tão pequenas, que elas mal se conseguem mexer e muito menos virar-se. São continuamente engravidadas, até que sejam abatidas. Às porcas usadas para criação mantidas ao ar livre são muitas vezes aplicadas argolas no nariz para impedi-las de tentarem procurar raízes (escavando na terra), o que é extremamente doloroso para estes animais com narizes tão sensíveis e que precisam tanto de ter a oportunidade de explorar o solo. Uma porca mantida numa cela vazia, sem qualquer enriquecimento, com chão de cimento, tentará sempre ter o mesmo tipo de comportamento e de movimentos como se estivesse a tentar construir um ninho, mesmo que esteja fisicamente impedida de o fazer e mesmo sem ter quaisquer condições para tal. Os porcos machos são mantidos solitariamente em celas para lhes ser retirado o sémen.



Depois do sofrimento também no transporte, os porcos são mortos nos matadouros por sangria, através do corte da jugular, depois de terem sido electrocutados para ficarem atordoados. Por causa dos ineficazes métodos de atordoamento, muitos porcos ainda estão vivos quando são atirados para dentro de água a escaldar, que serve para lhes retirar os pêlos do corpo e para lhes amaciar a pele. Quando são mortos, os porcos machos ainda são pouco mais velhos do que bebés – têm apenas cerca de seis meses de idade.


http://www.animaisexcepcionais.org/

sábado, 1 de março de 2008

Porcos I

Porcos felizes: Como são e do que necessitam


Os porcos são muitas vezes comparados a cães, por serem animais simpáticos, leais e inteligentes. Na verdade, os porcos são ainda mais inteligentes do que os cães. Se tivessem oportunidade de o fazer, e se fossem bem tratados, conviveriam com gosto com os humanos, que lhes despertam tanta curiosidade. Estudos recentes de especialistas em psicologia e cognição animal mostraram que os porcos conseguem saber o que passa pela cabeça de outros porcos. Têm também grande autonomia, tomando as suas próprias decisões de modo a conseguirem alcançar os objectivos que pretendem. Animais admiráveis, os porcos sonham, reconhecem os seus nomes, gostam de ouvir música, de brincar com bolas e outros objectos, e, à semelhança dos humanos, gostam muito de receber massagens.


Num ambiente natural, os porcos procuram viver em pequenos grupos liderados por porcas que se conhecem e formam amizades complexas, cuidando das suas crias dentro do grupo. Na área onde procurarão viver, os porcos terão espaços diferentes para brincar e conviver, alimentar-se, criar ninhos e descansar. Sendo por natureza animais muito asseados, os porcos gostam de preparar as suas próprias camas e ninhos e deliciam-se quando se banham na lama para se refrescarem e manterem limpos – ao contrário do que muitas pessoas pensam, os banhos de lama são actos de higiene e bem-estar pessoal que os porcos têm, estando estes longe de serem “porcos” no sentido negativo que erradamente lhes é atribuído. Na verdade, gostam muito de tratar da higiene uns dos outros – é um dos seus traços sociais e é um sinal de afecto.


Não perdendo oportunidades para brincar – o que reflecte a sua inteligência e socialibilidade –, os leitões e mesmo os porcos adultos são capazes de passar horas a brincar ou simplesmente deitados ao sol. Os porcos têm a necessidade de explorar o seu ambiente, o que tanto gostam de fazer, recorrendo grandemente ao seu nariz tão sensível, dada a sua enorme capacidade olfactiva. São animais que criam laços de amizade fortes e que se protegem uns aos outros. Capazes de reconhecer entre 20 e 30 indivíduos diferentes, incluindo humanos, os porcos habitualmente cumprimentam os seus amigos por contacto nariz-a-nariz ou emitindo sons de saudação. Têm uma necessidade extrema de usar o seu nariz para contactarem com outros indivíduos e para conhecerem e explorarem o seu meio. O seu nariz é uma autêntica janela para o mundo.


Nos períodos de acasalamento, os porcos machos têm uma “música de acasalamento” especial com a qual chamam e atraiem as fêmeas. Há estudos que demonstram que os porcos têm vidas sociais muito organizadas e complexas que antes só se tinham observado em primatas. As porcas são mães muito cuidadosas, podendo caminhar entre 5km a 10km para encontrar um espaço isolado e protegido para construirem um ninho seguro onde terem as suas crias. A mãe e os seus leitões mantêm contacto através de uma quantidade diversa de sons com significados diferentes e essenciais para a sua complexa comunicação. Os leitões são gradualmente cuidados pela mãe durante cerca de 17 semanas mas podem ficar com as suas mães apenas até atingirem a maturidade sexual, o que acontece entre as 8 e as 10 semanas. Durante a sua infância e juventude, e durante basicamente todas as suas vidas, procurarão brincar com outros porcos sempre que possam – é também algo que estimula a sua inteligência notável.




http://www.animaisexcepcionais.org/