segunda-feira, 25 de maio de 2009

Banir a carne um dia por semana para dar o exemplo

Ideia

Banir a carne um dia por semana para dar o exemplo

por PATRÍCIA JESUS

A cidade de Gant declarou-se vegetariana à quinta-feira. Nutricionistas em Portugal aplaudem e dizem que tendência vai crescer

A pequena cidade belga de Gant resolveu tornar-se vegetariana um dia por semana. À quinta-feira não há carne nos restaurantes, cantinas e escolas. Em Portugal, a ideia é aplaudida por vegetarianos e nutricionistas, mas todos pensam que há muito a fazer até ela ser aplicada cá. A adesão dos portugueses à comida vegetariana cresce, mas convencer as instituições é mais complicado, diz a Associação Vegetariana Portuguesa.

"Só podemos ficar satisfeitos", diz Sofia Barradas, da Associação Vegetariana Portuguesa. "Mas a nossa grande batalha ainda é conseguir que todas as instituições de ensino ofereçam um prato vegetariano. Ainda se come muito mal nas escolas portuguesas", diz.

A opinião é partilhada pela presidente da Associação Portuguesa de Nutricionistas, Alexandra Bento Pinto. "No mundo ocidental consumimos demasiadas gorduras e proteínas animais e poucos vegetais. Por isso, instituir um dia em que invertemos a tendência é uma ideia fantástica, e bem mais prática do que optar por um regime vegetariano, que a longo prazo pode levar a carências em termos nutricionais", considera. Um regime vegetariano estrito deve ser abordado com mais cautela, diz.

Enquanto a nutricionista salienta as vantagens para a saúde de comer menos carne, os vegetarianos realçam a opção do ponto de vista ético e ecológico. Aliás, os argumentos a favor do vegetarianismo chegam agora também de muitas organizações ambientalistas, que sublinham o menor impacto desta dieta no planeta, do ponto de vista da energia necessária para criar gado.

Activistas como o britânico Tristram Stuart, autor de livros sobre vegetarianismo, lembram que durante séculos a Europa praticou a ideia de abster-se de carne um dia por semana, quando as pessoas observavam o jejum às sextas-feiras, instituído pela Igreja Católica.

No ano passado, Rajendra Pachauri, que lidera o Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (IPCC), ele próprio vegetariano, incentivou as pessoas a responsabilizarem-se pelo impacto da sua alimentação. "Comecem por deixar de comer carne um dia por semana", disse. Foi o que fez a cidade belga. As autoridades dizem que não podem obrigar ninguém, mas querem dar o exemplo.

Sofia Barradas defende que todos estes argumentos estão a levar os portugueses a aderir mais à dieta vegetariana. Embora sem números, a activista diz que as pessoas têm cada vez mais consciência de que a sua escolha alimentar tem um real impacto no planeta.

Lusa Carvalho, dona do restaurante vegetariano Prazeres Ecológicos, em Lisboa, também vê a iniciativa belga como um sinal de mudança. Na sua opinião, a adesão ao vegetarianismo também está a crescer por cá.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1242304

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Aqui e Agora

Se não viu ontem à noite, pode ver o “Aqui e Agora”, da SIC, sobre os Animais de Companhia em:

http://sic.aeiou.pt/programasInformacao/scripts/videoplayer.aspx?ch=aquieagora&videoId={7CE8317C-3FC7-490B-9FCA-9B09264EEA81}

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Animais de Companhia

Nesta 5.ª feira, 14 de Maio, o “Aqui e Agora” da SIC será sobre os animais de companhia | Por favor, envie a sua opinião, comentários e propostas sobre como são e devem ser tratados e protegidos os animais de companhia para direitosdosanimais@sic.pt

Rodrigo Guedes de Carvalho e a SIC cumpriram a promessa: nesta 5.ª feira, o segundo debate sobre os Direitos dos Animais dominará o programa “Aqui e Agora”, que desta vez será dedicado aos animais de companhia, tal como anuncia o apresentador do programa no site da SIC:

Direitos dos animais (II)

O prometido é devido. Uma vez que a questão dos direitos dos animais continua a merecer uma espantosa adesão, decidi agendar um novo debate para o próximo dia 14 deste mês.

Desta vez não se falará de touradas ou circo, mas sobretudo de animais de companhia. Alguns relatos e imagens impressionantes que temos recebido demonstram bem (infelizmente) que é urgente debater comportamentos que nos definem como seres humanos.

Fico à espera da sua participação, com o que entenda ser relevante discutir sobre maus-tratos, legislação, fiscalização, e, sobretudo, mentalidades. Pode continuar a utilizar o direitosdosanimais@sic.pt ou o espaço de comentários abaixo, nesta página.


Cumprimentos do Rodrigo Guedes de Carvalho

A ANIMAL considera ser de extrema importância o destaque que a SIC tem felizmente estado a dar aos direitos dos animais, nomeadamente criando duas oportunidades importantíssimas, em duas edições do “Aqui e Agora”, para expor e discutir os muito problemas que afectam os animais em Portugal. E, uma vez que já foram debatidas as touradas e os circos com animais no anterior programa, e apesar de haver muitos outros assuntos relativos aos direitos dos animais que importaria debater, a ANIMAL congratula-se com o facto de Rodrigo Guedes de Carvalho ter decidido tratar sobretudo os problemas que afectam os animais de companhia em Portugal. Importa lembrar que, em Portugal, ainda hoje continua, em termos práticos, a ser possível cometer todo o tipo de barbaridades contra animais de companhia – e de forma impune. Diariamente, milhares de pessoas, grupos e associações de protecção dos animais fazem um esforço hercúleo – incluindo em termos financeiros – para salvarem animais da morte e para lhes darem uma oportunidade de terem uma vida segura e feliz, enquanto o Estado, nomeadamente através dos Municípios, continua, de uma maneira geral, a apostar na captura e extermínio em massa de cães e de gatos que são punidos com a morte depois de terem sido abandonados ou vítimas de negligência ou outras formas de maus tratos. É urgente mudar esta situação dramática e este programa permitirá expô-la para que a sociedade possa reagir e levar os decisores políticos a finalmente aprovarem pelo menos uma nova lei de protecção dos animais de companhia.

Por favor, participe neste importante debate:

· participe no debate deixando também um comentário no site do “Aqui e Agora”, em http://sic.aeiou.pt/online/noticias/programas/aquieagora/Artigos/Direitos-dos-animais-2.htm

Acredita que o trabalho da ANIMAL é importante? Então, por favor, APOIE-O :: Faça o seu Donativo HOJE mesmo.

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domingo, 3 de maio de 2009

Colesterol

O consumo de carne aumenta os níveis de colesterol, que, consequentemente, aumenta o risco de doenças coronárias. Os alimentos de origem vegetal são isentos da substância, pelo que o consumo diário de colesterol de um vegan é nulo, ao passo que o de um omnívoro é de cerca de 400 miligramas.

O colesterol é uma substância que o organismo utiliza para fins diversos que lhe são fundamentais, como a produção de determinadas hormonas e vitaminas, a formação dos sais biliares e a construção das paredes das células. Mesmo que a alimentação seja pobre em colesterol o fígado encarrega-se de o fabricar para suprir necessidades. O nível de colesterol é elevado quando o seu valor é igual ou superior a 240mg/dl. Os valores ideais deverão ser inferiores a 200 ou 220 mg/dl.
Embora a carne de aves e o peixe contenham menos gorduras saturadas que a carne suína e bovina, ainda assim apresentam um elevado teor de gordura e contêm colesterol.
As pessoas que substituíram a carne bovina e suína pela de aves e peixes tiveram uma redução insignificante no seu colesterol. Além de que os produtos animais apresentam outros riscos, que acrescem aos da gordura e colesterol.
Os níveis de gorduras na circulação sanguínea dos veganos são substancialmente mais baixos do que nas pessoas que comem carne. Os níveis de colesterol no sangue de quem não consome produtos animais (veganos), comparando com os omnívoros, é 35% mais baixo. E o mesmo nível nos vegetarianos é 14% inferior.
O equilíbrio vegano de "boas" gorduras (o índice de hdl /ldl) é mais favorável, assim como o decréscimo do risco de ataque cardíaco ou derrame cerebral.
A redução do risco de doenças de coração, por cada 1% de redução de colesterol no sangue, é de 3-4%. O risco de morte por ataque cardíaco nos vegetarianos, comparando com os omnívoros é 50% mais baixo.

Uma dieta rica em carne implica riscos óbvios para a saúde, porque o colesterol e as gorduras saturadas são protagonistas principais no desenvolvimento das arterioscleroses (doenças coronárias e derrames cerebrais). De forma genérica, essas doenças desenvolvem-se a partir da obstrução dos vasos sanguíneos pelas placas de colesterol.

Apenas os produtos animais, inclusive ovos e lacticínios, contêm colesterol. Os produtos vegetais não o contêm, mas alguns, como o óleo de coco ou de palma, têm um alto nível de gordura saturada e podem aumentar o teor de colesterol o sangue.

Referências:
John Robbins, "The food revolution"

http://www.centrovegetariano.org/Article-5-Colesterol.html