sábado, 31 de janeiro de 2009
sábado, 24 de janeiro de 2009
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Conheça as vantagens da Alimentação Vegetariana.
A alimentação vegetariana tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos, apesar de continuar a ser minoritária entre nós. Aqui são apresentados argumentos de saúde, ambientais e económicos a favor do vegetarianismo, sendo a autora Bióloga e Vegetariana. | ||
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O vegetarianismo não é uma moda recente. Ao longo da história da humanidade houve pequenos grupos e povos inteiros, que por razões religiosas, económicas, culturais ou ambientais, seguiram uma dieta exclusivamente ou predominantemente vegetariana. Moda recente é o destaque que os produtos de origem animal passaram a ter na nossa alimentação. Basta falarmos com os nossos pais e avós, para rapidamente percebermos que ainda há poucas décadas atrás, a carne e o peixe eram alimentos consumidos excepcionalmente em dias de festa e que o leite nem sequer fazia parte da sua dieta. Uma vez que eram considerados “alimentos dos ricos”, assim que a melhoria nas condições de vida nos países desenvolvidos facilitou a acesso de mais pessoas a estes produtos, o seu consumo tornou-se generalizado e exagerado. Mas estes alimentos deveriam ter continuado a ser consumidos excepcionalmente, pois o seu consumo regular não é necessário à saúde e pelo contrário é causador de inúmeras doenças. | ||
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Perante o cenário actual de uma população obesa e doente, assistimos agora a um esforço das autoridades médicas, de educação da população para que readquira hábitos mais saudáveis de alimentação, com redução dos produtos de origem animal e com predomínio de produtos de origem vegetal. Muitas pessoas seguem esse conselho até ao fim, tornando-se vegetarianos e deixando pura e simplesmente de comer animais ou produtos derivados de animais. Apesar da dieta vegetariana ser cada vez mais tema de capa de revista, a maior parte das pessoas ainda encara o vegetarianismo com desconfiança. Consideram esta dieta anti-natural e receiam que ao retirarem a carne do seu menu ficarão sub-nutridos. Os milhões de vegetarianos que vivem e viveram ao longo da história da humanidade são a prova viva de que é possível viver só de plantas. Mas se dúvidas existiam sobre se essa vida seria saudável, inúmeros estudos científicos recentes demonstraram que não só os vegetarianos não são mais doentes, como em média são mais saudáveis e vivem mais tempo do que aqueles que comem produtos animais. | ||
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A American Dietetic Association, publicou um artigo de revisão de todos os conhecimentos actuais sobre dieta vegetariana e concluiu que "dietas vegetarianas bem planeadas são saudáveis e nutricionalmente adequadas, sendo bastante benéficas na prevenção e tratamento de diversas doenças". Mas como pode isso ser? Afinal de contas somos omnívoros! É verdade, somos omnívoros. Mas o que significa isso exactamente? Os nossos antepassados começaram por ser frugívoros (comiam apenas frutos), depois evoluíram para omnívoros, alargando a sua dieta a insectos e pequenos mamíferos e mais tarde tornaram-se pescadores e caçadores, passando a incluir no seu menu a carne de diversos animais. No entanto, durante a maior parte desse percurso evolutivo, os nossos antepassados basearam a sua dieta em plantas, sendo os produtos de origem animal um complemento da sua alimentação de onde retiravam calorias e proteínas extra. Há quem atribua o desenvolvimento da nossa inteligência à ingestão de carne, mas foi o aumento progressivo dos cérebros dos nossos antepassados que criou a necessidade de ingestão de mais proteínas e gorduras, que a carne forneceu em abundância. Milhões de anos depois, o ser humano inventou a agricultura e passou a produzir inúmeras variedades de cereais, leguminosas, oleaginosas, hortícolas e frutos, capazes de suprir as suas necessidades nutricionais e energéticas, de tal forma que hoje em dia, na maior parte do planeta, o ser humano já não precisa de comer carne para viver e ser saudável. | ||
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Ao contrário do que comummente se pensa, ser omnívoro não implica que se tenha de comer de tudo para se sobreviver, mas sim que se pode sobreviver com um leque variado de opções alimentares. Um omnívoro consegue viver só de carne ou só de plantas, se apenas tiver disponível uma dessas opções para se alimentar. O facto de termos inventado a agricultura, dá uma nova dimensão ao facto de sermos omnívoros, pois oferece-nos a liberdade de escolha dos alimentos. E porque é que devemos escolher comer plantas em vez de animais? Se no passado todos os produtos de origem animal eram produzidos de modo tradicional e extensivo, com aproveitamento de solos e paisagens não-aptas para a agricultura, hoje em dia a grande maioria desses produtos são produzidos industrialmente, com enorme desperdício de recursos naturais e com graves consequências ambientais e sociais. Além das questões dos direitos e do bem-estar dos animais, que cada vez mais devem ser debatidas e consideradas na forma como produzimos os nossos alimentos, as questões relativas ao impacto ambiental da produção animal devem levar-nos a questionar os nossos hábitos, principalmente se nos consideramos ecologistas e pretendemos reduzir a nossa pegada ecológica no planeta. “É ecologista? Então porque ainda come carne?” É a questão provocadora que tem gerado acesos debates entre aqueles que se consideram ecologistas. Há aqueles que, perante os dados que apontam a produção animal como um dos maiores problemas ecológicos dos nossos dias, se tornaram vegetarianos para reduzirem o seu impacto ambiental no planeta e há aqueles que, achando que a ingestão de produtos animais faz parte da nossa ecologia, não pretendem mudar os seus hábitos alimentares, embora concordem que a produção industrial destes produtos é anti-ecológica. | ||
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Eis alguns dados perturbantes: - Nos Estados Unidos, mais de metade de toda a água consumida é gasta na produção animal e outra estimativa aponta para que perto de 85% da água consumida no planeta seja gasta na produção animal. Para se produzir 1kg de batatas são necessários cerca de 50 litros de água e para se produzir 1 kg de trigo são necessários cerca de 42 litros, no entanto para se produzir 1kg de carne de vaca são necessários 43.000 litros de água! - Os dejectos dos animais, que antes eram naturalmente integrados novamente nos solos, fertilizando-os, são agora produzidos em tamanha quantidade, que se tornaram um dos maiores problemas de poluição no mundo, contaminando de forma severa os solos e as águas. - A criação de gado e a produção agrícola intensiva para alimentação desse gado, estão entre as principais causas de desertificação e de desflorestação do planeta. Dois terços dos terrenos agrícolas são dedicados a pastagens e culturas para alimentar o gado. Estima-se que por cada quilo de carne que é produzido se percam 77 quilos de solo fértil e que 85% da erosão dos solos no mundo está associada a culturas destinadas à alimentação do gado e à produção de pastagens. - Na actualidade, existe suficiente solo fértil, energia e água para alimentar mais do dobro da população humana existente. No entanto, entre as questões políticas e económicas que impedem milhões de pessoas de aceder aos alimentos produzidos, está também o facto de que metade dos cereais produzidos no mundo destina-se a alimentar animais para consumo em países desenvolvidos, em vez de servir de alimento aos seres humanos que passam fome em países sub-desenvolvidos. - São necessários cerca de 7 kg de cereais e soja, para produzir 1 kg de carne nos Estados Unidos. Bastaria que os norte-americanos reduzissem o seu consumo de carne em 10%, para que mais 100.000.000 pessoas pudessem ser alimentadas com os cereais assim poupados. Foi demonstrado que se toda a população mundial fosse vegetariana, tudo aquilo que se dispende na produção animal poderia alimentar 10 biliões de pessoas, ou seja, mais do que a população humana que se prevê existir em 2050. Devido à grande diversidade de ambientes que o ser humano ocupa, nem sempre este dispõe de terrenos férteis para agricultura ou de diversidade alimentar suficiente para poder alimentar-se exclusivamente de plantas e é preciso tomar isso em consideração, se se não quiser cair em fundamentalismos. Os animais herbívoros são capazes de transformar ervas, sem valor alimentar para o ser humano, em proteína e gordura de alto valor nutritivo e calórico e a sua importância na alimentação das pessoas que habitam regiões menos férteis e inaptas para a agricultura, não deve ser ignorada. No entanto, a produção industrial de animais para consumo, que nada tem que ver com o aproveitamento de recursos e muito pelo contrário é um desperdício de recursos, não deve de forma alguma ser colocada ao mesmo nível da produção extensiva e ao ar livre de produtos de origem animal. | ||
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Poucas pessoas se podem gabar de apenas consumirem produtos animais de origem biológica e extensiva. A maioria das pessoas, principalmente as que vivem em ambiente urbano nos países mais desenvolvidos, mesmo que ocasionalmente optem por comprar estes produtos, não deixam de consumir maioritariamente os de origem industrial, apoiando assim activamente este sistema de produção animal, com todas as consequências que ele acarreta para os animais, para o ambiente e para a humanidade. Estas pessoas, que são milhões em todo o planeta, deveriam interrogar-se mais sobre as opções que tomam na hora de encher o prato e pensar em como o gesto simples de trocar o bife por feijão ou lentilhas pode ajudar a salvar o mundo. Bibliografia: "So You're an Environmentalist; Why Are You Still Eating Meat?", Jim Motavalli, E Magazine, January 3, 2002 (www.alternet.org/story/12162) "Meat-eating environmentalist? How can that be?", Lisa Rogers, Toronto Vegetarian Association (www.veg.ca/lifelines/marapr/ "Why environmentalists aren’t vegetarian", David Pye, VSUK Trustee, 35th World Vegetarian Congress (www.ivu.org/congress/2002/ "A paleontological perspective on the evolution of human diet", Peter Ungar and Mark Teaford (www.cast.uark.edu/local/ "Fruits of the Past", Colin Spencer (www.viva.org.uk/guides/ "Our Food Our World – The Realities of an Animal-Based Diet", EarthSave Foundation, Santa Cruz, 1992 "Diet for a Small Planet", Frances Moore, Lappe Ballantine Books, 20th Annv Edition, 1985 "The Food Revolution: How Your Diet Can Help Save Your Life and Our World", John Robbins, Conari Press, 2001 "Diet for a New America: How Your Food Choices Affect Your Health, Happiness and the Future of Life on Earth", John Robbins, H.J. Kramer, Reprint edition, 1998 | ||
Leituras Adicionais Os produtos com qualidade diferenciada e a segurança alimentar Higiene e Segurança Alimentar: o que significa? Qual a sua aplicação? Sistemas de Gestão da Segurança Alimentar – Introdução à Norma ISSO 22000 A Agricultura Biológica Vantagens de comer “biológico” Pode a agricultura biológica alimentar o Mundo? A comida, as compras e a engenharia genética Ambiente e saúde |
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
“Fórum Mundial da Cultura Taurina”
Está no centro da contestação internacional, marcada por diversas organizações de defesa dos direitos dos animais – entre as quais a ANIMAL, de Portugal –, o anunciado "Fórum Mundial da Cultura Taurina", evento promovido pela indústria tauromáquica internacional que decorrerá entre os dias 29 e 31 de Janeiro em Angra do Heroísmo, nos Açores.
Sintomaticamente, este é anunciado pelos seus promotores como um fórum dedicado a encontrar estratégias para salvar a tauromaquia do risco de extinção que enfrenta, resultante da eficaz ofensiva ética, cívica e política que as organizações de defesa dos animais têm marcado em defesa da abolição da tauromaquia.
As organizações CAS International – Comité Anti-Stierenvechten (Comité Anti-Touradas da Holanda e Bélgica), ANIMAL, SOS – Stop Our Shame, de Espanha, e WSPA – World Society for the Protection of Animals, sedeada em Inglaterra, integradas na Coligação “For a Bullfighting-Free Europe” (Coligação Por uma Europa Livre de Touradas), condenam vivamente o facto de estarem envolvidas neste vergonhoso evento de defesa e promoção da tortura de animais sob a forma de espectáculo importantes figuras políticas e do Estado Português – mais do que apenas figuras do meio tauromáquico –, nomeadamente o ex-Presidente da República Jorge Sampaio, o Presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, e o Representante da República para a Região dos Açores, José António Mesquita, assim como autarcas de entre os quais se destaca o Presidente da Câmara Municipal de Santarém, Moita Flores. Estas organizações condenam igualmente a participação neste fórum de eurodeputados de Portugal, Espanha e França, lamentando a falta de isenção política ostensiva destas personalidades.
"Portugal, a Europa e o mundo devem apenas dar passos no sentido de abolir – e não de promover – as touradas, que não passam de espectáculos deploráveis de violência extrema contra animais. A existência de touradas continua a envergonhar as poucas nações que ainda as mantêm lícitas, ao mesmo tempo que, até nestas, cresce sem parar a indignação e agitação sociais que as mesmas despertam", afirmou Jennifer Berengueras, representante da Coligação “For a Bullfighting-Free Europe”.
"Sondagens diversas mostram, sem deixar dúvidas, que os povos português, espanhol e francês, assim como de países da América do Sul onde ainda existem touradas, não só não têm qualquer interesse nestas como vão mais longe, querendo que estas sejam proibidas por lei. É também nestes países que cada vez mais cidades e vilas se afirmam livres de touradas, deixando de as autorizar localmente, condenando-as oficial e publicamente, chegando a transformar praças de touros locais em centros de educação e ciência, como está a acontecer em Viana do Castelo por feliz decisão do autarca desta cidade", declarou Alyx Dow, representante da WSPA – World Society for the Protection of Animals.
Já o médico-veterinário José Enrique Zaldívar, Vice-Presidente da AVAT – Asociación de Veterinarios Abolicionistas de la Tauromaquia, considera que “Continua a surpreender-nos que estudos cujos resultados, quando analisados em detalhe, sugerem que os touros sofrem mais nas touradas do que se pensava inicialmente, sejam apresentados por veterinários pró-tauromaquia em conferências como a que terá lugar nos Açores, sugerindo nestas que os touros usados em touradas são mamíferos “especiais” que não sofrem quando são feridos ou mortos. Isto demonstra os extremos até onde a indústria tauromáquica está disposta a ir para tentar desesperadamente racionalizar e defender as suas actividades”.
Para Jordi Casamitjana, Coordenador de Campanhas do CAS International, "Deveria fazer parte do senso comum acreditar que não há espaço para a tauromaquia em qualquer sociedade que se queira afirmar civilizada e que de facto preze a cultura. Esta actividade aviltante deve apenas passar a fazer parte da História".
"Os líderes políticos, legisladores e governantes devem ser os primeiros cultores do progresso social, moral e cultural das sociedades que representam. É, pois, absolutamente vergonhoso que figuras como Jorge Sampaio, Carlos César ou José António Mesquita, entre outros, se encontrem de algum modo envolvidos neste fórum vergonhoso. Tal demonstra, de resto e mais uma vez, que, se não fossem as amizades políticas e ilegítimos apoios institucionais dos estados que ainda hoje permitem touradas, a tauromaquia já não estaria de pé", afirmou Miguel Moutinho, Presidente da ANIMAL.
Para mais informações sobre as organizações subscritoras desta tomada de posição conjunta, por favor ver:
· Coligação “For a Bullfighting-Free Europe”, www.bullfightingfreeeurope.org;
· ANIMAL, www.animal.org.pt
· CAS International, www.cas-international.org;
· SOS – Stop Our Shame, www.stopourshame.com;
· AVAT – Asociación de Veterinarios Abolicionistas de la Tauromaquia, www.avatau.com e http://www.blogveterinario.com/2008/05/mi-respuesta-al-estudio-hormonal-en-el.html
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Gatos salvam a vida de um bebé abandonado
Mais uma notícia surpreendente sobre o que os animais são realmente capazes
Um menino argentino de um ano sobreviveu durante vários dias sozinho na rua graças a um grupo de gatos, que o manteve quente e lhe trouxe comida.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Workshop “Veganismo: O Que É e Como Pode e Deve Ser”
Workshop “Veganismo: O Que É e Como Pode e Deve Ser” | Inscreva-se já (gratuitamente) no workshop sobre veganismo que será promovido e ministrado pela ANIMAL | Sábado, 17 de Janeiro, entre as 10h30m e as 17h, em Carnaxide
O veganismo, mais do que uma dieta, configura um princípio de conduta ética – que se integra na conduta moral global e quotidiana de um indivíduo – fundamental para uma relação de verdadeiro respeito dos humanos para com os outros animais.
O fundamento moral do veganismo é o respeito pelos direitos fundamentais dos animais não-humanos. A implicação pragmática óbvia e necessária decorrente desta atitude de respeito pelos animais traduz-se não só na rejeição da consideração ou tratamento dos animais como recursos ou instrumentos mas também na rejeição da utilização, seja de que tipo for, de qualquer produto resultante de qualquer forma de exploração e/ou violentação dos animais.
Assim, o vegano abstém-se de consumir qualquer produto de origem animal ou que tenha origem na exploração e/ou violentação de animais, sendo, antes do mais, integralmente vegetariano (não incluindo na sua dieta qualquer alimento de origem animal, nomeadamente carne, peixe, ovos, leite, mel e quaisquer produtos alimentares derivados destes). O vegano recusa também usar qualquer tecido de origem animal, nomeadamente pele, pêlo, lã ou seda, seja em vestuário, calçado ou acessórios de qualquer tipo, ao mesmo tempo que procura o mais possível evitar o uso de produtos (nomeadamente produtos de cosmética, higiene pessoal e higiene doméstica) que sejam testados em animais ou que incluam ingredientes de origem animal.
Constitui também uma forte razão para se ser vegano o facto de uma dieta vegana (integralmente vegetariana) trazer enormes benefícios para a saúde de quem a pratica, reduzindo importantemente a probabilidade de se vir a padecer de doenças diversas, nomeadamente a obesidade, osteoporose, diversos tipos de cancro, colesterol, problemas cardíacos e diversas alergias alimentares.
Ao mesmo tempo, está a ser felizmente cada vez mais destacado e lembrado – incluindo por relatórios de organizações insuspeitas, como é o caso da FAO (Organização para a Alimentação e para a Agricultura das Nações Unidas) – que a criação de animais com fins alimentares tem um impacto dramaticamente pesado no actual estado de desequilíbrio ambiental do planeta, não só pela emissão de gases com efeitos de estufa que envolve (e pelo peso que representa nesta área, gerando consequências ainda piores e de maior dimensão do que o sector dos transportes e as emissões que este último envolve), mas também pelas muitas formas laterais de poluição de que é culpada. Ao mesmo tempo, a criação de animais com fins alimentares envolve uma utilização de recursos – nomeadamente de água e de energia – de longe muito maior do que a produção de vegetais. Acresce que, além do mais, se trata de um sistema economicamente ineficiente, na medida em que gera muito menos alimentos disponíveis para alimentar a população humana do que a produção exclusiva de vegetais geraria. Segue-se daqui que, além dos outros importantíssimos benefícios do veganismo, uma dieta vegana é também uma dieta muito mais ecológica e sustentável, assim como racional e economicamente justa e eficiente, do que uma dieta não-vegana.
Tendo como objectivo divulgar e explicar melhor os fundamentos do veganismo, a sua importância extrema na defesa dos direitos dos animais, mas também para a saúde humana e para um mundo ecologicamente mais equilibrado e economicamente mais justo e mais eficiente, nomeadamente no que respeita à produção e distribuição de alimentos, pretendendo, além do mais, oferecer respostas para as perguntas e dúvidas comuns e indicações preciosas para o dia-a-dia de um vegano ou de alguém que esteja, ou queira estar, a dar passos para se tornar vegano, a ANIMAL vai promover o Workshop "Veganismo: O Que e Como É, Pode Ser e Deve Ser", no próximo dia 17 de Janeiro (Sábado), entre as 10h30m e as 17h, em Carnaxide (concelho de Oeiras).
Pode consultar o programa deste workshop abaixo. A inscrição no workshop é gratuita mas obrigatória, por razões de organização logística. Se quiser inscrever-se e participar neste workshop para aprender mais acerca do veganismo, do que e como é, pode e deve ser, por favor envie uma mensagem para rita.silva@animal.org.pt. Aceitam-se inscrições até ao dia 14 de Janeiro.
Workshop “Veganismo: O Que É e Como Pode e Deve Ser”
Sábado, 17 de Janeiro de 2009 | Entre as 10h30m e as 17h | Em Carnaxide
Fundamentos e Implicações Éticas do Veganismo
- O que é a senciência animal e porque importa
- Até onde deve o veganismo ir – a ética vegana e os limites mínimos e máximos do veganismo
- Por que razão é legítimo comermos plantas?
- O que há de errado com consumir ovos e leite?
- Mel – consumi-lo é um problema?
Benefícios do Veganismo para a Saúde e para o Planeta
- Ser vegano é ser mais saudável
- Veganismo e ecologismo
Ingredientes de origem animal – conhecê-los, reconhecê-los e evitá-los
- Ingredientes de origem animal
- Serão as bebidas alcoólicas veganas?
- Aditivos/conservantes – serão seguros?
Consumir veganamente
- Produtos de cosmética, higiene pessoal e doméstica
- Vestuário, calçado e acessórios
- Alimentos enriquecidos e suplementos (vitamina B12, ferro, ácido fólico, etc.)
- Veganismo fora de casa – o que comer? Em quem devemos confiar?
Veganos especiais – É correcto? É possível? É adequado?
- Bebés e crianças veganas
- Cães e gatos veganos