Este é um assunto muito extenso e cada pessoa tem os seus motivos para comer ou não comer carne. Porém, devemos levar em consideração o facto de que as nossas escolhas pessoais são responsáveis pelo destino daqueles que estão nos matadouros. Eles não podem escolher, você pode.
Ao rever os nossos conceitos em relação aos animais, veremos que o homem os dividiu em animais selvagens, animais de estimação e animais de consumo. Para os animais selvagens e de estimação existem leis de protecção e as pessoas ficam horrorizadas quando eles sofrem algum tipo de abuso.
Mas e os “animais de consumo” (a expressão “de consumo”, é normalmente utilizada para nomear mercadorias)? Os animais chamados “de consumo” são tão sensíveis quanto os cães e gatos que temos em casa, com a diferença que não tiveram tanta sorte. São criados em locais fechados, sob condições precárias e desumanas, e durante toda a sua miserável existência são envenenados com remédios e hormonas de crescimento. Como se não bastasse, são transportados em cameões abarrotados por vários dias, sem água ou alimento até um matadouro, para assistirem uns aos outros morrendo enquanto esperam a sua vez. Então são golpeados diversas vezes na cabeça e alguns levam choques eléctricos em regiões vitais para ficarem inconscientes. Muitas vezes isso não funciona e eles vão para o abate completamente conscientes. Ainda vivos, são pendurados pelas patas e as suas gargantas cortadas ou são mergulhados em caldeirões de água a ferver. São constantemente deixados durante horas a gritar até que finalmente morrem para virar hamburguer.
Esta é a “vida” de animais dóceis e inocentes que chamamos de “animais de consumo”, tentando fazer com que a injustiça de que estes animais são vítimas pareça rotina absolutamente necessária para nós, seres humanos. Porém, o que faz com que comer vacas seja um acto normal e cozinhar o cão da vizinha seja uma monstruosidade?
Uma vez que a diferença entre esses animais é estritamente genética, podemos perguntar: quais são os genes que determinam quais animais devemos amar e quais devemos matar?
Determinar o direito de um indivíduo à vida de acordo com a espécie é tão absurdo quanto o determinar pela cor cor de pele, uma vez que ambos são apenas resultado de uma variação de códigos genéticos (lembremos que a diferença genetica entre um ser humano e um chipanzé é de apenas 3%) .
Animais como vaca, porco, peixe e galinha NÃO foram feitos para serem comidos. Eles são indivíduos sensíveis e têm vidas cheias de emoções. Todos sentem alegria, tristeza, medo, angústia, orgulho, saudade, amor e, acima de tudo eles dão às suas vidas o mesmo valor que nós damos às nossas.
É hora de repensarmos o tratamento que temos dado aos seres que dividem o planeta connosco. Há milhares de anos que o homem explora e sacrifica as vidas de animais inocentes com a justificação de que a morte destes animais é “natural” e até “necessária”. Mas o que fazemos de natural no nosso dia-a-dia? O homem parece ter evoluído tecnologicamente, mas continua a sustentar hábitos cruéis e desnecessários. Muitos dizem que tudo isto é “natural”, mas nem mesmo a forma como estes animais são criados e assassinados é natural hoje em dia.
Uma verdadeira evolução virá no dia em que o homem olhar para os animais com mais compaixão e respeito.
Vegetarianismo é libertação animal!
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quinta-feira, 10 de abril de 2008
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