Cancro, doenças cardíacas, crueldade com os animais, matança de semelhantes, desastre ecológico... Afinal, será que devias ser vegetariano?
Comer não é só uma questão de matar a fome. A decisão sobre que comida colocar no prato tem implicações económicas, ambientais, éticas, culturais, fisiológicas, filosóficas, históricas, religiosas. Embora a percentagem de vegetarianos se venha mantendo mais ou menos estável ao longo da história, há um interesse crescente no assunto – restaurantes naturais e vegetarianos ficam lotados na hora do almoço, tornou-se comum, pelo menos nas classes médias urbanas, a preocupação em reduzir o consumo de carne, e surgiu uma indústria bilionária de produtos naturais que, nos Estados Unidos, já movimenta quase 8 biliões de dólares.Esta reportagem não te ensina a comer. Felizmente, esta ainda é uma decisão pessoal, que depende apenas do teu julgamento sobre o que é certo e o que é errado.
Uma breve descrição do que é carne para quem come:
-A faca desce macia, cortando sem esforço o pedaço de picanha. Dourada e crocante nas bordas, tenra e húmida no centro. Pões a carne na boca e mastigas devagar, sentindo o tempero, a maciez, a temperatura. O sumo que escorre dela enche a boca e, com ele, o sabor incomparável. Carne é bom.
Mas que tal assistir à mesma cena sob outra perspectiva?
-No prato jaz um pedaço de músculo, amputado da região pélvica de um animal bem maior que tu. Com a faca, serras os feixes musculares. A seguir, colocas o tecido morto na boca e começas a triturá-lo com os dentes. As fibras musculares, células compridas - de até 4 centímetros - e resistentes, são picadas em pedaços. Na tua boca, a água (que ocupa até 75% da célula) espalha-se, carregando organelas celulares e todas as vitaminas, os minerais e a abundante gordura que tornavam o músculo capaz de realizar as suas funções, inclusive a de se contrair.
-Sim, por mais que odeies pensar que a comida no teu prato tenha sido um animal um dia, estás a comer um cadáver.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
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