Desde logo, a manipulação começa na criação dos animais, cuja reprodução é monitorizada de forma a que sejam preferidos os animais mais lentos, simples e previsíveis. Mais tarde, quando vão ser utilizados em touradas, os cornos dos animais são cortados, o que implica que fiquem sem uma das suas principais defesas.
De acordo com a FAACE, a retirada dos cornos «afecta o julgamento das distâncias por parte do touro e pode criar vulnerabilidade ou dor no corno, com os óbvios efeitos que isto teria». O mais devastador efeito desta prática é a castração psicológica que representa para os touros.
De facto, a tortura por que passam os touros não começa nem acaba na arena. Antes do espectáculo são, muitas vezes, administradas drogas hipnóticas, tranquilizantes e substâncias paralisadoras. Esta prática foi denunciada, em 1988, pelo veterinário oficial da arena de Colmenor Viejo, em Madrid, Andres Martinez Carrillo.
E não são os touros os únicos animais a sofrer nas arenas. Os cavalos utilizados nos espectáculos sofrem inúmeros ferimentos e cerca de duzentos equinos morrem, todos os anos, em touradas. Não são raras as ocasiões em que os cavalos são vendados e as suas orelhas estão, muitas vezes, cheias de papel; os animais sofrem tratamentos brutais quando já estão demasiado feridos ou mesmo moribundos.
Como exemplo, a FAACE relata o esventramento de um cavalo na arena de Las Ventas, em Espanha. Enquanto o animal tentava levantar-se, um homem lançou-lhe fogo aos testículos. Este criminoso não sofreu qualquer admoestação e permaneceu empregado no mesmo posto de trabalho que ocupava aquando da agressão.

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