Os circos são normalmente conhecidos por serem espectáculos fantásticos, uma diversão para as crianças com equilibristas, palhaços e animais selvagens no desempenho de uma série de habilidades encantadoras.
No entanto, no meio de tanta magia, esquecemo-nos de que os animais usados são meros cativos, forçados a um comportamento não natural e a terem, frequentemente, de praticar actos que se revelam extremamente dolorosos.
A vida destes animais deixa de ser livre, em espaços amplos e selvagens, e torna-se miserável e enfadonha. São submetidos a treinos extremamente cruéis para ficarem aptos a realizar os conhecidos truques que tanto nos impressionam. Chicotes, agulhas electrificadas, correntes, entre outras ferramentas, são usadas para os obrigar a isso mesmo.
Os Grandes Felinos são acorrentados e uma corda é-lhes envolvida no pescoço para provocar uma sensação de tensão devido ao sufoco. As patas dianteiras dos Ursos são queimadas para os obrigar a permanecer de pé sobre as patas traseiras de forma a adquirir a postura essencial à tarefa que desempenham.
Além do específico para cada animal, de acordo com o objectivo da actuação, existe também uma terapia de choque, que consiste no espancamento contínuo meses a fio.
Criam-se, assim, no animal sentimentos de pânico e terror pelo treinador, evitando qualquer desobediência e hesitação na sua actuação.
Daí advêm comportamentos psicóticos, como cabeçadas nas paredes das jaulas e constante rotação sobre si mesmos até o cansaço os deter. Os ferimentos resultantes raramente são tratados com a agravante de que a alimentação é também negligenciada, fornecendo-se apenas o necessário para evitar o desfalecimento.
Sendo o circo um espectáculo ambulante, os animais têm ainda de enfrentar longas viagens nos seus míseros compartimentos, feridos, famintos e enfraquecidos pelas variações climatéricas repentinas.
Este é o resumo da sobrevivência miserável dos animais de circo.
Com tantas alternativas de entretenimento, até mesmo circos compostos apenas por artistas humanos, esta prática torna-se ainda mais repugnante e é cada vez mais um atentado à nossa sociedade bem como à nossa cultura.
Este negócio hediondo, cruel mas lucrativo, é só mais uma consequência comportamental da nossa posição especista.
http://www.accaoanimal.com/
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
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