Os peixes são muitas vezes os mais esquecidos da protecção animal. No entanto, eles são confrontados, tal como os outros animais, com diversos problemas tais como a criação industrial e a poluição..
DOR COMPROVADA
Tal como os humanos e os outros animais, os peixes sofrem. Pesquisadores do Instituto Roslin da Universidade de Edimburgo, dirigidos pelo Dr. Lynne Sneddon, injectaram veneno de abelha e ácido acético nos lábios de alguns peixes, de trutas, para estudar a sua reacção à injecção de substâncias nocivas. Os peixes reagiram. Eles têm na cabeça nociceptores, receptores da dor, idênticos aos dos anfíbios, dos pássaros, dos mamíferos não humanos e humanos.
PESCA EM ALTO MAR
Milhares de peixes são pescados para o comércio agro-alimentar. Prisioneiros das redes, eles morrem sufocados ou esmagados. Retirados do seu habitat, o arrastamento deixa a suas partes laterais com a carne à vista e a descompressão faz explodir a sua bexiga natatória, os seus olhos saírem das órbitas e o esófago e o estômago saírem pela boca. Muitos são esvaziados ainda vivos. Os peixes, os mares e os oceanos são sobrexplorados pela pesca intensiva. O consumo de peixe não pára de crescer (de 17,6 kg em 1961 até 26,6kg em 1996 por ano por habitante, a nível mundial) e o desastre ambiental de se acentuar.
CRIAÇÃO DE PEIXES:
Sob pretexto de solução para os problemas ecológicos e para a fome no mundo, apesar das lições ainda recentes das vacas loucas, por exemplo, as explorações industriais florescem. E consequentemente as doenças também.Os peixes, aglutinados em espaços estreitos, nadam em ninhos de doenças. São mantidos em espera com uma grande quantidade de medicamentos e de antibióticos. Substâncias que se encontram depois também na alimentação humana. E alimentam-se de outros peixes, o que acentua o desaparecimento de espécies selvagens (é necessário entre cinco e vinte quilos de peixes pescados para alimentar um peixe de um quilo nos viveiros).
PASSATEMPO:
A pesca desportiva prejudica. Os anzóis perfuram a carne. A dor é tanta que os peixes debatem-se desesperadamente. Depois decapturados, são atirados para terra ou libertados na água.
Mas aqueles que são libertados partem por vezes com o anzol preso às guelras ou aos órgãos internos, caso o tenham engolido. Deixam de poder alimentar-se ou deslocar-se. Entre todos esses peixes condenados ao prazer dos pescadores, milhões advém da reprodução artificial. Perdidos, degenerados, eles não sabem sequer proteger-se.
Mas aqueles que são libertados partem por vezes com o anzol preso às guelras ou aos órgãos internos, caso o tenham engolido. Deixam de poder alimentar-se ou deslocar-se. Entre todos esses peixes condenados ao prazer dos pescadores, milhões advém da reprodução artificial. Perdidos, degenerados, eles não sabem sequer proteger-se.
REDOMA
São milhões às voltas sem cessar dentro da sua redoma, sofrendo de tédio e de stress. A maioria das vezes, o "peixe vermelho" não tem as condições de vida de que necessita, nem a alimentação que lhe convém. Quanto aos peixes "exóticos", se alguns provêm de viveiros, outros são apanhados na natureza, o que tem repercussões na biodiversidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário